A medicina familiar é a base dos cuidados básicos de saúde e alicerce fundamental de muitos sistemas de saúde na Europa. A grande maioria dos cidadãos europeus tem um médico de clínica geral, que é o primeiro médico em caso de problemas de saúde.
A medicina familiar é uma especialidade médica relativamente nova com um número cada vez maior de instituições académicas que cooperam de perto com consultórios de medicina familiar que providenciam cuidados de saúde às comunidades locais.
Hoje em dia, os médicos de família e os seus consultórios são apoiados pela mais recente tecnologia informática e frequentemente usam a telemedicina como ferramenta para aceder a métodos de diagnóstico avançados.
Os médicos de clínica geral têm acesso a uma população diversa e alargada e tratam tipos comuns de doenças agudas e crónicas que, frequentemente, se apresentam num estádio inicial de desenvolvimento.
Muitas doenças são tratadas primeiramente por médicos de clínica geral, e aproximadamente 80% dos problemas de saúde podem ser resolvidos em cuidados primários que se encontram perto da casa do paciente.
A centralidade no paciente é um dos elementos fulcrais dos cuidados de clínica geral/medicina familiar. Inclui uma abordagem centrada no paciente ao interagir com o paciente e os seus problemas, uma efetiva relação médico-paciente, comunicação e uma parceria providenciando uma continuidade a longo prazo dos cuidados de saúde.
Hoje em dia, a indústria da investigação clínica está a sofrer uma grande mudança e procura adotar e implementar modos inovadores de acelerar o desenvolvimento de medicamentos e o seu acesso ao mercado. A indústria começou a olhar para os paciente não como “sujeitos” mas como colaboradores informados, cuja participação é crucial para o sucesso dos ensaios. O conceito emergente de “ensaios centrados no paciente” é uma nova oportunidade tanto para a indústria da investigação clínica como para a medicina familiar, apoiadas pela tecnologia, os meios de comunicação e a educação.